quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ANNABEL LEE - Edgar Allan Poe


Há 202 anos nascia Edgar Allan Poe, em homenagem a este poeta gótico que muito me inspira assim como Byron e Augusto dos Anjos, posto aqui uma poseia sua, a poesia talvez mais romântica dentre as quais destacavam-se a tristeza, a morte, a separação a dor e a saudade.


ANNABEL LEE*
(by Edgar Allan Poe)


It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of Annabel Lee;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.
I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.

And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.

The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know, In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.

But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.

For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;
And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so,all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling, my darling, my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.

--------------------------------------------------
*Tradução

ANNABEL LEE
(de Edgar Allan Poe)

Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.

Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.

E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.

E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.

Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.

Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.




Mini biografia do escritor

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Rebeldes sem Causa (Nossa Geração)


"Cara
, eu vejo no clube da luta os homens mais fortes e espertos que viveram. Eu vejo todo esse potencial, e o vejo desperdiçado. Puta que pariu, uma geração inteira explosiva, servindo mesas, todos escravos do colarinho branco. A publicidade tem nos perseguindo com carros e roupas, fazendo-nos trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas que não precisamos. Nós somos os filhos do meio da história, homens sem propósito ou lugar. Nós não temos nenhuma Grande Guerra. Nenhuma Grande Depressão. Nossa Grande Guerra é uma guerra espiritual ... nossa Grande Depressão são nossas vidas. Nós temos sido todos criados pela televisão para acreditar que um dia estaríamos todos milionários, seguindo deuses do cinema e estrelas do rock. Mas não vamos. E estamos aos poucos aprendendo isso. E estamos muito, muito chateados."

Texto enviado por Yanna Jacaúna retirado de um blog americano. Reflete a farsa que vive a nossa geração cuja a causa é somente acumular riquezas... tsc tsc tsc.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ganhar o mundo pra perder meu coração? Obrigado quero não!




Olho nos dias turbulentos das cidades
em quase toda esquina vejo uma escolha
passo por ruas e "prédios" de meias verdades
cobrando que me entregue ou me encolha.

Achando sensato escolher devagar,
levo no peito as certezas que vi/toquei/senti.
Vejo a mentira por sí só definhar
nos momentos em que não me encolhi.

Artigo raro, a verdade não vem em frascos.
E ao ter a noção maior que a dos ratos,
não me sirvo de carne pra nenhum dos carrascos.
Seja este meu próprio caminho, a busca dos fatos.

A intenção não é mesmo palpável,
mas a mente humana altera o mundo,
ou torna o pior vinho tragável
ao me desfazer do que há de profundo.

Levo ainda comigo algumas mágoas
aquelas que não pude expurgar
mesmo lavadas por todas as águas
alguma ainda teima em ficar.

Tú mundo, este ser tão imenso,
serei teu o amor que és de mim,
se puderes confiar neste peito penço,
ontem, agora e até o fim.

Poesia do meu grande amigo Anderson Souza, poesia que de tão boa, mereceu ser publicada aqui, num eh q o cara tah virando poeta tbm! =]