domingo, 24 de abril de 2011

Quem diria - Oswaldo Montenegro



Seu moço repare a seu lado
Se o mundo caminha correto
Mas não olhe tão descuidado
Bobeia eu logo lhe espeto
Que a vida não tá pra brinquedo
Um sopro já faz ventania
Valente é quem diz que tem medo
O bom porto não traz calmaria
Não faça pergunta sem nexo
Nem vá responder se não sabe
Que o grande segredo do sexo
É fazer caber se não cabe
E nisto resume-se a vida
No poder fazer quem não pode
No poder amar quem lhe agrida
No poder matar quem lhe acode
Enquanto um fala besteira
O outro só filosofa
Enquanto um pula a fogueira
O outro rega a farofa
Enquanto um pula pra briga
O outro pula pros cantos
Enquanto um pede guarida
O outro prossegue aos trancos
Enquanto um sobe no muro
O outro apela pros santos
A gente ensaia pra burro
E o povo vê Silvio Santos
Enquanto um cede à loucura
O outro cede à ganância
O que pro pobre é frescura
Pro rico é trauma de infância


domingo, 17 de abril de 2011

Até 2014, 35 milhões de famílias poderão ter Internet a preços populares

Meta foi estabelecida pelo Ministério das Comunicações e mensalidade pode chegar a R$15 com redução de impostos.


Até 2014, 35 milhões de famílias poderão ter internet banda larga pelo preço de R$ 35 por mês. A meta é do Ministério das Comunicações, que pretende alcançar o objetivo nos próximos três anos. De acordo com o ministro Paulo Bernardo, que participou de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira (6), o governo ainda pretende negociar a redução tributária para o setor. Com isso, o preço poderia chegar a R$ 15 em 39,8 milhões de domicílios.

Dados do Ministério das Comunicações apontam que 27,4% dos domicílios brasileiros têm internet. “Com o Plano Nacional de Banda Larga, queremos ampliar o acesso em regiões como o Nordeste e Norte, onde o número de pessoas conectadas é baixo em comparação ao resto do país”, explica Bernardo. No Norte, apenas 34,3% da população tem acesso à rede. No Nordeste, o índice é ainda menor, 30,2%. No Sudeste é de 48,1% e no Sul, 45,9%. “Não é possível desenvolver esses estados sem levar internet e telefonia fixa de qualidade para essas localidades”, opina o deputado Paulo Foletto (PSB-ES).
A ampliação do acesso à banda larga depende da aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei 1.481/07, que permite o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) em projetos de ampliação do acesso à internet. De acordo com Bernardo, o Fust acumula hoje R$ 9,8 bilhões, mas é destinado apenas a projetos de telefonia fixa.
Segundo o deputado Luiz Noé (PSB-RS), depois da aprovação do PL, o Fust poderá financiar projetos que levam as redes de fibra ótica ou rádio a cidades de difícil acesso e a zona rural. “Não há o interesse da iniciativa privada em financiar a estrutura em regiões distantes do País. Neste caso, o governo precisa ter a iniciativa. É para isso que o Fust será usado”, opina.
Desoneração - Na audiência, Paulo Bernardo adiantou que o Ministério pretende negociar com os estados a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a aquisição de banda larga. Os estados que concordarem em reduzir o tributo, poderão oferecer internet a R$ 29,90.
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) está otimista com a proposta, mas lembra que é preciso descentralizar a gestão do Ministério das Comunicações para garantir o controle sobre as prestadoras de serviço. A ideia é reorganizar os órgãos do Ministério, levando alguns setores para os estados. “O governo precisa subsidiar projetos para ampliação da banda larga, mas precisamos criar mecanismos eficazes de fiscalização, inclusive para evitar que o consumidor seja lesado. Isso só é possível com a descentralização do Ministério”, sugere.
Fonte: União da Juventude Socialista - UJS.ORG

Via: Eu acredito na Juventude

sábado, 9 de abril de 2011

O porte de arma no Brasil. É necessário? (O Massacre em Realengo)

Presenciando estes últimos acontecimentos trágicos no colégio do bairro do Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, veio-me a lembrança um antigo tema polêmico, que, porém eu já tinha dado como democraticamente decidido, vale a pena trazer à tona novamente.



No dia 23 de outubro de 2005, a sociedade brasileira pode optar em um referendo sobre o porte de armas no Brasil. A pergunta era: "você é a favor da proibição do comércio de armas e munição no Brasil?", e, o resultado foi que Segundo o Tribunal Superior Eleitoral votaram pelo "não" 59.109.265 eleitores (63,94%) e pelo "sim" 33.333.045 (36,06%) tendo como  índice de abstenção 21,85% do sufrágio. (26.666.791 eleitores).


Pressenti naquele momento, um retrocesso nos avanços que o país estava caminhando naquela época . Precisávamos nos livrar das armas de fogo no país, resquícios do coronelismo, milícias, ditadura, e demais associações criminosas que faziam questão de portar em sua cintura, o famoso “trêis oitão”.

Ludibriada por uma campanha midiática, na época liderada pelo Deputado Federal Alberto Fraga do extinto (e corrupto) PFL e hoje DEM (também corrupto, o partido do dinheiro do panetone, do mensalão do DF ) , o país resolveu optar pelo NÃO à proibição. Na época o deputado líder da famosa “Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa”.

Várias declarações foram dadas pelos parlamentares da “bancada das armas” dentre elas, uma que me chamou a atenção foi a do senador, na época do PSDB, José Jorge. Ele dizia que:  “A população preferiu o 'não' por umas séries de razões bastante fortes". Segundo ele, o índice de criminalidade era enorme e o desarmamento iria desarmar a população por um lado e não teria nenhum efeito nos bandidos, que assaltam e matam. Ele acrescentou que o resultado refletia uma desconfiança da população com a política de segurança do Governo Lula. José Jorge disse que é necessário os políticos reverem a atual política de segurança pública.
http://www.incorreto.com.br
Um dos movimentos a favor do porte no Brasil, chega a ser hipócrita, emite nota de luto, mas logo abaixo em um banner vende um coldre parecido com o que o psicopata usou para matar as crianças.

Ora! Tempos depois foi visto que políticas públicas foram sim implementadas, como por exemplo as UPPs no próprio Rio de Janeiro, e, não houve necessidade armar a população. De muito foi de se estranhar a pressa em se votar e a forma de se propagar este referendo pela bancada das armas.

Na verdade minha gente, essa bancada das armas é toda patrocinada pelos grandes empresários fabricantes de armamentos, indústrias que financiam campanhas e partidos. Logo então, alguns políticos, se comprometem em defendê-los.
No ponto de vista político. é uma visão altamente liberal em que tira o dever do estado de se garantir a segurança do cidadão e, maquia este dever  “liberando” o direito do cidadão de portar a arma.



Nos EUA, uma páis onde já houve grandes massacres como este e que o porte é liberado na maioria deles, os homicidas conseguiram as armas em casa. Se aqui no Brasil onde o porte ainda nem está totalmente regulamentado já presenciamos este novo tipo de fenômeno maléfico, digno da brutalidade humana, dirá quando o porte for liberado. Quando poderemos prever que estas situações poderão ocorrer? Como poderemos identificar possíveis psicopatas portando armas?  O porte de arma no Brasil. É necessário?

Antes de defender os interesses das indústrias armamentícias, estes senhores da guerra que estão no parlamento deveriam pensar na vida das pessoas .

Meu sincero pesar pela vida das crianças, e que Deus conforte a família de todos que passaram por aquela tormenta. Prezemos pela vida acima de tudo.

sábado, 2 de abril de 2011

Faces podres da sociedade - Jair Bolsonaro o reacionário




Pudemos acompanhar nesta semana as declarações de impacto que o deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) fez, declarações que demonstram com clareza uma visão sectarista que ainda persiste nas mentes de alguns acéfalos políticos da nossa sociedade. Como sou curioso. fui pesquisar na Internet a respeito da vida de tal político, e é de se assustar como estes tipos de pessoas ainda têm espaço na representividade democrática do povo brasileiro no congresso nacional.




O deputado Bolsonaro foi militar oficial da força aérea e integrou a academia durante o período da ditadura militar (Agulhas Negras - turma de 1977), viveu o auge do militarismo no país, logo então se percebe sua formação intelectual de caráter estribado, hierárquica e fascista, coisa inconcebível no país atual que vivemos. Naquela época enquanto o povo era torturado para ficar calado, homens como o tal deputado desfilavam impetuosos pelo país se exibindo como se fossem oficiais da Gestapo ou das SS de Hitler, impondo à população medo e pavor através do terrorismo de estado.

O deputado tem uma “ficha” nada limpa quando se trata de manifestar suas declarações em relação ao modo de pensar a sociedade e defende com unhas e dentes o regime que por décadas arruinou nosso país.

  • Em 11 de novembro de 2003 chamou a deputada do PT Mária do Rosária de “vagabunda” em plena sessão do congresso nacional por discordar de uma idéia em relação a maioridade penal. Ele defende a redução da maioridade para 16 anos. (Prendam a tudo e a tudos!)

  • Foi contra a política de cotas raciais nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele. (Fez chacota com matéria, achando que o congresso é brincadeira.)

  • Estas más influencias espalham-se por sua prole, recentemente seu filho, o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, foi o único a votar contra no projeto de lei que concedeu a meia-passagem em ônibus a estudantes universitários cotistas e do ProUni somente mediante apresentação da carteirinha da UNE. (Provavelmente nunca pegou ônibus pra ir pra escola.)
http://familiabolsonaro.blogspot.com/2011/03/apos-aprovacao-do-projeto-de-lei-73910.html
  • Em 2008 votou contra um projeto de lei que visava ampliar o uso de armas não-letais. (Condenando pra ele tem que ser morto! Dirá os que "sumiram" na época da ditadura)

  • É defensor da idéia de que o Brasil construa uma bomba atômica para fins militares


  • Destratou um indígena Satere-Mawe em uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em Roraima.

Declaração:

É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens.

(Demonstra uma visão elitista e de desrespeito com lideranças de outras partes do país e ainda mais se tratando de minorias.)

  • Mandou um “FODAM-SE” bem grande para um grupo que protestava pacificamente para a revisão da Lei da Anistia, para que a caixa de pandora do regime militar seja aberta e os que cometeram crimes de tortura naquela época sejam julgados. Assim como aconteceu na Argentina. No vídeo ele declara que o "erro foi torturar e não matar!" (Sem comentários...)





  • E a mais recente como todos já sabem esta última no programa CQC demonstrando racismo e depois duvidosamente tentando se redimir, dizendo que achava que se tratava de um comentário a respeito de um homossexual. Ora! Afinal no Brasil racismo é crime, homofobia não, excelente estratégia do deputado pra se sair da saia justa.(Que nojo!)




Cuidado amigos, ainda existe este tipo de gente no nosso país, não podemos compactuar com este tipo de liderança, é um retrocesso e uma vergonha nacional!