Presenciando estes últimos acontecimentos trágicos no colégio do bairro do Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, veio-me a lembrança um antigo tema polêmico, que, porém eu já tinha dado como democraticamente decidido, vale a pena trazer à tona novamente.
No dia 23 de outubro de 2005, a sociedade brasileira pode optar em um referendo sobre o porte de armas no Brasil. A pergunta era: "você é a favor da proibição do comércio de armas e munição no Brasil?", e, o resultado foi que Segundo o Tribunal Superior Eleitoral votaram pelo "não" 59.109.265 eleitores (63,94%) e pelo "sim" 33.333.045 (36,06%) tendo como índice de abstenção 21,85% do sufrágio. (26.666.791 eleitores).
Pressenti naquele momento, um retrocesso nos avanços que o país estava caminhando naquela época . Precisávamos nos livrar das armas de fogo no país, resquícios do coronelismo, milícias, ditadura, e demais associações criminosas que faziam questão de portar em sua cintura, o famoso “trêis oitão”.
Ludibriada por uma campanha midiática, na época liderada pelo Deputado Federal Alberto Fraga do extinto (e corrupto) PFL e hoje DEM (também corrupto, o partido do dinheiro do panetone, do mensalão do DF ) , o país resolveu optar pelo NÃO à proibição. Na época o deputado líder da famosa “Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa”.
Várias declarações foram dadas pelos parlamentares da “bancada das armas” dentre elas, uma que me chamou a atenção foi a do senador, na época do PSDB, José Jorge. Ele dizia que: “A população preferiu o 'não' por umas séries de razões bastante fortes". Segundo ele, o índice de criminalidade era enorme e o desarmamento iria desarmar a população por um lado e não teria nenhum efeito nos bandidos, que assaltam e matam. Ele acrescentou que o resultado refletia uma desconfiança da população com a política de segurança do Governo Lula. José Jorge disse que é necessário os políticos reverem a atual política de segurança pública.
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Um dos movimentos a favor do porte no Brasil, chega a ser hipócrita, emite nota de luto, mas logo abaixo em um banner vende um coldre parecido com o que o psicopata usou para matar as crianças. |
Ora! Tempos depois foi visto que políticas públicas foram sim implementadas, como por exemplo as UPPs no próprio Rio de Janeiro, e, não houve necessidade armar a população. De muito foi de se estranhar a pressa em se votar e a forma de se propagar este referendo pela bancada das armas.
Na verdade minha gente, essa bancada das armas é toda patrocinada pelos grandes empresários fabricantes de armamentos, indústrias que financiam campanhas e partidos. Logo então, alguns políticos, se comprometem em defendê-los.
No ponto de vista político. é uma visão altamente liberal em que tira o dever do estado de se garantir a segurança do cidadão e, maquia este dever “liberando” o direito do cidadão de portar a arma.
Nos EUA, uma páis onde já houve grandes massacres como este e que o porte é liberado na maioria deles, os homicidas conseguiram as armas em casa. Se aqui no Brasil onde o porte ainda nem está totalmente regulamentado já presenciamos este novo tipo de fenômeno maléfico, digno da brutalidade humana, dirá quando o porte for liberado. Quando poderemos prever que estas situações poderão ocorrer? Como poderemos identificar possíveis psicopatas portando armas? O porte de arma no Brasil. É necessário?
Antes de defender os interesses das indústrias armamentícias, estes senhores da guerra que estão no parlamento deveriam pensar na vida das pessoas .
Meu sincero pesar pela vida das crianças, e que Deus conforte a família de todos que passaram por aquela tormenta. Prezemos pela vida acima de tudo.
armas não matam pessoas , pessoas matam pessoas. bandidos não entregam armas, não quero ficar em desvantagem com eles
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