segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Poesia - Momento




Momento

Pobre ignorante momento ,
perdoa meu fraco sentimento
nesse dia sem canto,
render-me-ei aos prantos.

Podre momento sem canto,
explicar-te-ei meus prantos:
Fantasmas me afagam horrendos;
Grita o meu peito tormentos

Covarde hipócrita momento,
tu teceste o cruel sentimento
aniquile o fantasmagorico fel,
do amargo expremerei mel.

Pálido finado sentimento
va para longe com o vento,
Escarra deste peito dores
Deixa aqui apenas amores.

Por Arllen Lira

2 comentários:

  1. mórbido esse.
    parece aqueles lances góticos.

    nao parece você.

    mas interessante que apesar de toda melancolia em torno dos poemas tu terminas positivamente. E isso é lindo, porque isso é viver, nao? Apersar de tudo... apesar do mundo... apesar do "ardor, da sensaçao esquisita", é sempre bom ter aquele sentimento de passar 'um pouco de alegria
    e anunciar a chegada de um novo dia', como encaixas-tes perfeitamente em outra poesia.
    Tudo passa... e como diria um poeta que conheci recentemente: infinito mesmo só a saudade que se tivesse outro nome seria algo parecido com fome que nao passa quando quer.
    (algo assim).

    att,

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